7.11.2024 - doi
Há dores que nos corroem lentamente, numa linha muito ténue entre a (in)saidade e a morte física. Dores pelas quais não há pílula dourada que reduza e limite a tristeza que nos provoca. Dor de ALMA. Desta que não tem com explicar, exemplificar, quantificar, partilhar, ou reduzir. além de tempo, desconexão, e desapego. Uma dor anulada na existência, que nem um cancro galopante é tão macabro. Dor. Mas dói a um nível que nos afoga a respiração, abraça-nos forte numa mísera luta de existência. Uma P#ta duma dor, silenciosa, corrosiva, demolidora, marcante e revoltante, sem regresso. Conheci a dor da despedida após a morte, tenho a leve noção da despedida numa curta vida. E carrego a dor da OPÇÃO da despedida. Quando escolhemos desconectar, desligar, relativizar, desapegar e relevar a existência do próprio EU. Num adeus eterno das aprendizagens de sangue, crenças, (des)valores, criadores. Despedimo-nos lentamente de nós e dos nossos. Daquilo que apre...