Ouro falso que ARDE
..e heis que a tristeza ataca!
Ouvi entrelinhas "gosto daquela frase: Nem todo o que reluz é ouro! É o caso!!
Senti o sabor metálico daquela faca, na minha língua!
Calei-me. Como sempre, deixei-me ficar impassível.
A minha mente enraiveceu:
Ela sente o cheiro acre da mentira, mesmo quando ofuscam como o Ouro de tolo. Aprendeu cedo que nem todo brilho é quilate, logo, nem tudo que reluz é ouro.
Quieta, assiste, impassível, à coroação dos sábios pérfidos.
Aquela dor da injustiça. ARDE.
Mais uma vez, a mania da justiceira!
E SE...
Devia! DEVIA!!! DEVIA!!!
Devia ter dito que era mentira!
Pela ausência de valores, ou pelo respeito à mulher. Que nos manipulava a todos, que era frouxo... e eu temia!
Claustrofóbica debaixo do lençol, desfeita em lágrimas silenciosas, completamente só na multidão, isolada, abandonada, incapaz de reagir.
Eu temia.
Calei-me. Como sempre, deixei-me ficar impassível.
Ardeu de caraças.
Temi.
Que afinal, eu era a feia e a burra.
Que todos eram mais capazes, melhores, felizes, independentes — exceto eu, que jazia ali.
Que eu não era mulher de verdade, diziam! Pois todos se faziam a mim, e eu consentia.
Pois nunca seria capaz de ser independente, financeira, feliz, ou mãe!
"Coitada, gosto de ti. Teus pais são como são... coitada de ti!"
Calei-me. Como sempre, deixei-me ficar impassível.
Ardeu de caraças.
Temi.
Pois aprender algo novo, só porque sim, era para os "desgovernados do rendimento mínimo".
Sinónimo de quem não se cuida e fica gorda, logo... logo...
"Ela é sempre a mesma merda."
DEVIA!
Devia-lhes ter dito que era TUDO mentira!
Que, afinal, as conversas eram sobre traições e divórcios.
Sobre as mulheres dos amigos.
Sobre dores passadas e a aprendizagem que nasce delas.
Que os valores-base são fundamentais: respeito, empatia, honestidade, partilha, humildade, coragem, lealdade, gratidão... esses, sim, são PILARES!
Ardeu de caraças.
Quem és tu, afinal, e que mais inventas tu?
Ela sente o cheiro acre da mentira, mesmo quando a tentam ofuscar com o brilho do tolo.
Aprendeu cedo que nem todo o brilho é quilate — nem tudo o que reluz é ouro.
Devia.
Devia ter dito que era mentira!
DEVIA ter-me defendido!
Mas se o dissesse, esta dor estaria cicatrizada nos meus punhos... e no corpo de alguém.
Devia!
Nem tudo o que reluz é ouro!
Relembro-te: de outrora consumidor, agora, TU és Criador!
Que um dia Ela tenha a mesma resiliência e coragem para aguentar tamanha mentira.
A dor passou...
Deus A abençoe de ti!
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